Em um artigo na Scientific American de hoje, Diana Kwon (Julho 1, 2019) publica um extenso compilado de informações, revisando uma série de artigos científicos que revelam que crianças de cinco meses podem usar risinhos para identificar informações sobre interações sociais.
O texto de Diana diz claramente que cientistas cognitivos descobriram que adultos de sociedades em todo o mundo podem distinguir “co-risadas” simultâneas dos amigos daqueles que são estranhos. Os resultados sugerem que essa habilidade pode ser universalmente usada para ajudar a entender as interações sociais. Então, os pesquisadores imaginaram: os bebês também podem distinguir esse riso?"
Os resultados indicam que sim, isso ocorre. Eles fizeram experimentos mostrando videos para as crianças de conhecidos e desconhecidos sorrindo e analisaram suas reações. As crianças reagiam com muito maior afinidade e repetiam os risos ao visualizarem conhecidos.
Esse tipo de estudo é feito por psicólogos, biólogos e neurocientistas há bastante tempo e são, embora simples e intuitivos, de extrema importância para o entendimento de nossos cérebros, do funcionamento do sistema cognitivo e perceptual. Através de experimentos como esses é que somos capazes de compreender as origens evolutivas da interação social em humanos.
Já há mais de meio século Konrad Lorenz demostrou, primeiro em animais e depois em humanos, a importância de estudarmos as fases iniciais da vida para entendermos por exemplo, o "imprinting" (estampagem), um processo através do qual o recém nascido identifica os indivíduos mais próximos nas suas fazes iniciais de vida como os mais importantes para ele. E isso se mantém para sempre!
Acredite, é verdade! Confirmado por um pai presente.